sexta-feira, abril 27, 2007

“LAMBARETA”

As cidades brasileiras vêm explorando ao máximo a importância do carnaval a nível nacional para incentivar o turismo, uma das principais fontes de renda do país. Se um carnaval por ano é bom, dois, então, só pode ser melhor ainda. Entretanto, o carnaval tradicional é realizado pelas Prefeituras Municipais, através de licitações que acabam movimentando um alto valor financeiro, dinheiro público que é gasto para colaborar com o comércio local, já o carnaval fora de época não pode ser realizado da mesma maneira.
Em uma conversa formal com o representante do Ministério Público em Lambari, Promotor, Drº. Cláudio, foram levantadas algumas questões relevantes para que este evento pudesse ser promovido no Município. A primeira questão diz respeito ao lado financeiro da festa. Segundo o Promotor, a Prefeitura Municipal não pode, em hipótese alguma arcar com os custos do evento, mesmo porque trata-se de um Município pequeno, com despezas vitais ao bom funcionamento da máquina pública. Segundo ele, a ajuda da Prefeitura deve se restringir à limpeza de ruas e suporte com a mão de obra necessária.
A outra questão levantada foi quando à possibilidade de realização do evento nas imediações da “Praça do Sol “ já que, com base em um laudo geológico sobre a água mineral, havia sido permitido pelo Promotor á realização de apenas duas festas na praça, o carnaval tradicional e a festa de Nossa Senhora da Saúde.
No entanto, avaliando a necessidade da geração de renda distribuída, dentro do Município de Lambari, o Promotor permitiu a realização do carnaval fora de época, desde que o palco seja montado na esquina de acesso à praça da fonte e não sobre a Praça do Sol.
Devido ao fato de não poder vir contar com a ajuda da Prefeitura para realização da “ LAMBARETA”, o Contur ( Conselho de Turismo do Município) pensou em uma outra alternativa, mais rápida, econômica e eficiente para incluir um carnaval fora de época no Calendário Turístico de Lambari. Os comerciantes estão sendo procurados pela equipe do Contur para contribuírem através de um carnê com a realização do evento.
Segundo a hoteleira Maria Helena Chagas, membro do Contur, a aceitação da “Lambareta”, está sendo surpreendente dentro do comércio local. “Os comerciantes e hoteleiros estão sintonizados com a necessidade de promover o crescimento comercial sem a ajuda de órgãos públicos e instituições “, colocou a empresária.
FONTE: Jornal da Câmara

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